Às vezes fico me perguntando o quão banal as relações
humanas tornaram-se, o quão fútil é dizer e ouvir um “eu te amo” ou um “pode
confiar em mim”. Chegando ao extremo em que palavras como lealdade, amizade e
confiança simplesmente perderam o sentido. Ter amigos passou a ser apenas uma
obrigação social e uma forma de ter status, em um círculo onde o que realmente
importa é “ter” e “ser” melhor, enterrando a humildade a sete palmos e
sobrepujando sua superioridade sobre seu nicho social. E se em um golpe de
sorte consiga encontrar alguém que realmente valia à pena, esse alguém
encontrará outro alguém e você é deixado de lado, e jogado na masmorra escura
do segundo plano. Ser O melhor amigo não têm a mesma importância de antes,
agora é muito comum dividir o título com tantos outros. E você tem que seguir
adiante fingindo que não se importa, contentando-se com as migalhas que lhe são
jogadas, alimentando-se das lembranças e da esperança por dias melhores. E
mesmo que a saudade daquela companhia agradável o consuma, está sendo menos
doloroso ficar a sós, com sua nostalgia, pensamentos e angústias.
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