Eram o que diziam seus gritos abafados
Eu segurando firme
Com as palmas e os punhos cerrados
Com os olhos padecendo em prantos
Vi os braços do destino te carregando
Não há mais nada a fazer, então solto
E te vejo afundando
Nas presas do medo se rendendo
E toda essa sua devoção
Com você mergulhando
Deslizando para o obscuro
Em um poço de conformação
Entregando-se ao carrasco amado
Tornando tão banal o perdão.
Mas não estou desistindo
Vou livrar-te das garras da medusa
E não mais ficar assistindo,
você sendo levado e consentir
Ouvindo em meus sonhos:
"Não me deixe partir"
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