sexta-feira, 28 de junho de 2013

Ele costumava ser uma montanha
Mas agora é apenas um grão de areia
Esse amor é algo destrutivo
Como o marinheiro domado por uma sereia

Consumindo seu ser como uma aberração
Sem dó nem piedade do pobre cristão
Ele costumava ser a tormenta das tardes de janeiro
Mas agora não passa de uma brisa de verão

Desmembrando sua personalidade como um açougueiro
Ele poderia ser a elucidação que salva o impuro
Mas ela tem medo da luz que está dentro dele
Então o mantém no escuro

Ele poderia ser um deus do Olimpo
Poderia ser ...
Mas ele prefere torna-se uma concha de si mesmo
E ser ofuscado pelo anoitecer

Uma pérola adormecida no fundo de um abismo
Em uma naufrágio de convicções e ideais
Guardada com esmero sem nenhum altruísmo
Por quem sabe o poder que tem nas mãos


sábado, 1 de junho de 2013

Inefável coração

É possível traduzir o coração?
Ele tem uma linguagem
Clamada em orações
Criptografada em sinais e suspiros
Ovacionada por canções
Eternizada em mausoléus de prata
Nunca compreendida mas sempre cultuada